Total de visualizações de página

domingo, 31 de janeiro de 2016

A operação Lava Jato perdeu os limites e saiu dos trilhos - Carta Maior

31/01/2016 - Copyleft

A operação Lava-Jato perdeu os limites e saiu dos trilhos

A ênfase com que os vazamentos voltaram segue o calendário político. Trata-se de reavivar o tema para entregar o caldeirão fervendo ao Congresso reaberto.


Luis Nassif - Jornal GGN

Reprodução



Se havia alguma dúvida sobre o caráter politico da Lava Jato, a Operação Triple X desfaz qualquer dúvida, especialmente após as explicações dadas pelo Instituto Lula. É possível que, com os últimos exageros, a Lava Jato esteja virando o fio.


Lá, se mostra que as tais informações novas, que justificaram a autorização do juiz Sérgio Moro para deflagrar a operação, constam pelo menos desde agosto do ano passado na ação do Ministério Público Estadual (MPE) paulista sobre a Bancoop. Não havia novidade. Foram reavivadas pelos procuradores e pelo juiz Sérgio Moro apenas para criar um fato político na véspera da abertura dos trabalhos legislativos.


Mais que isso, há uma narrativa lógica – e fundamentada em documentos – para as relações do casal Lula com o tal tríplex. São explicações fornecidas há tempos, desde que o tal tríplex passou a frequentar o noticiário e que vieram agora embasadas em documentos.


Ou a Lava Jato desmonta esses argumentos ou não conseguirá uma explicação lógica para sua última ofensiva, a não ser a intenção de influenciar o jogo político. 


Nos ambientes democráticos, a maior vulnerabilidade dos poderosos são os exageros cometidos no exercício do poder. De repente coloca-se um poder excessivo nas mãos de um grupo de procuradores, delegados e de um juiz de primeira instância, sem nenhum preparo institucional prévio, fruto apenas de um conjunto de circunstâncias políticas.


Pessoas que sabiam investigar e prender – e esbarravam, muitas vezes, nos obstáculos dos tribunais superiores – ganham o poder de, a partir do Paraná, influenciar o jogo político, abalar estruturas políticas e partidárias, criar comoção social, fazer valer suas preferências políticas. De repente, são bajulados, premiados, vestem-se a rigor para ganhar prêmios. Criam a mística dos heróis sem mácula e, para consumo externo, passam a acreditar nela.


A Lava Jato ganhou um poder excessivo. Com suas últimas investidas, a operação perdeu os limites e saiu dos trilhos.


A ênfase com que os vazamentos voltaram segue o calendário político. Trata-se de reavivar o tema para entregar o caldeirão fervendo ao Congresso reaberto, preparando o clima para a última investida pró impeachment.


O Ministro Jacques Wagner começa a ser bem-sucedido em sua tarefa de conciliação política. É o que basta para um comando de search nos depoimentos da Lava Jato, encontrando qualquer menção ao seu nome para alimentar o noticiário.


A bandeira do impeachment perde fôlego após a decisão do STF. Então, tratam de levantar o escândalo do Queen Marize, de 4 mil reais, e a Operação Tríplex para reavivar a fogueira do impeachment.


A equipe da Lava Jato já estava no tal sítio de Atibaia no mesmo momento em que chegava nas bancas a edição da Folha, com a tal manchete sobre o barco. Sequer deram um dia de prazo, para apagar as pistas do conluio jornalístico.


Hoje, no Estadão, mais vazamentos com a retumbante revelação – em manchete principal! – de que um lobista escreveu ao presidente de uma montadora estrangeira para investir no Brasil, pois ele teria boas relações com o presidente e com Ministros.


Como em geral costuma levar em média de 8 a 12 meses para cair a ficha da presidente e de seu Ministro da Justiça, sobre os eventos que afetam seu governo, um breve roteiro de como funciona a Lava Jato.

 



  1. A força-tarefa da Lava Jato é uma organização integrada e disciplinada, que trabalha de forma cooperativa sob o comando do juiz Sérgio Moro.



  2. Procuradores e delegados têm uma estratégia peculiar para se livrar da responsabilidade por vazamentos: esperam que a notícia vazada esteja em mais de um ponto. Estando, sempre haverá o recurso de atribuir o vazamento à outra parte. 



  3. Na Lava Jato, esse tipo de álibi não funciona. A Lava Jato atua como uma organização disciplinada, na qual todos os membros são solidários entre si. Basta ver a reação dos procuradores contra o delegado que ousou apontar irregularidades cometidas por delegados no episódio das escutas clandestinas na cela do doleiro Alberto Yousseff.



  4. Para aumentar a eficácia dos trabalhos, houve uma espécie de divisão de tarefa. Os delegados da PF se incumbem de atuar nas sombras, providenciando os vazamentos selecionados para os jornais. Já os procuradores representam a imagem pública, atuando como porta-vozes da dignidade, da transparência e da legalidade da Lava Jato. 



  5. A rigor, não existe diferença entre os delegados Deltan Dallagnol e Carlos Fernando dos Santos Lima e o procurador Igor Romário de Paula (sic). Todos têm a mesma natureza e incidem na mesma fraqueza de se lambuzar com o excesso de poder e avançar para além das suas atribuições, interferindo no jogo democrático com operações dessa natureza.


Créditos da foto: Reprodução
A operação Lava Jato perdeu os limites e saiu dos trilhos - Carta Maior

Lava Jato: por trás de Moro e da grande mídia se escondem alguns dos 'donos do mundo'

Lava Jato: por trás de Moro e da grande mídia se escondem alguns dos 'donos do mundo'

sábado, 30 de janeiro de 2016

De onde vem o poder de Sérgio Moro? | Nossa Política

De onde vem o poder de Sérgio Moro? | Nossa Política

Sai a primeira condenação de Lula na justiça | Hariovaldo Almeida Prado

Sai a primeira condenação de Lula na justiça | Hariovaldo Almeida Prado

Dívida Pública: mitos e realidade - Carta Maior

É surpreendente um texto tão lúcido ser gestado na cabeça de um dirigente do PSOL
Dívida Pública: mitos e realidade - Carta Maior

Como uma ilustração contra 60 páginas de indícios faz manchete | GGN

Como uma ilustração contra 60 páginas de indícios faz manchete | GGN

Como Será - Minicomputador programável de baixo custo foi criado em escola de Fortaleza

Como Será - Minicomputador programável de baixo custo foi criado em escola de Fortaleza

Linhas de crédito anunciadas no ‘Conselhão’ ajudam a estabilizar a economia e a manter empregos

Linhas de crédito anunciadas no ‘Conselhão’ ajudam a estabilizar a economia e a manter empregos

Linhas de crédito anunciadas no ‘Conselhão’ ajudam a estabilizar a economia e a manter empregos

Linhas de crédito anunciadas no ‘Conselhão’ ajudam a estabilizar a economia e a manter empregos

Milton Pomar: A crise, a crise da crise, e as eleições municipais

Milton Pomar: A crise, a crise da crise, e as eleições municipais

Para subverter o “capitalismo de compartilhamento” | Portal Fórum

Para subverter o “capitalismo de compartilhamento” | Portal Fórum

Maior doador de Aécio é a nova aposta do golpe | Brasil 24/7

VAMOS ACABAR COM ESSA PATIFARIA



Maior doador de Aécio é a nova aposta do golpe | Brasil 24/7

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Argentina: Macri adota sua primeira grande medida de ajuste: 300% de aumento na conta de luz | Internacional | EL PAÍS Brasil

Argentina: Macri adota sua primeira grande medida de ajuste: 300% de aumento na conta de luz | Internacional | EL PAÍS Brasil

Paulo Pimenta: Locutor de rádio da RBS, empresa suspeita de pagar propina, incitou ouvintes a cuspir em Lula "por corrupção"; ouça - Viomundo - O que você não vê na mídia

Aprofundam o incitamento à violência contra Lula. Com a PF, cujos integrantes usaram de imagem da presidenta com alvo de tiros e foram para as redes sociais manifestar sua oposição ao PT na última eleição, não se pode contar. Mas um órgão de inteligência e segurança deveria se empenhar na investigação das promessas de atentados contra o ex presidente e a atual mandatária. Onde está a ABIN que ninguém vê de tão secreta que deve ser? Ou será que estão esperando reações açodadas de alguns para criminalizar o moribundo PT? 

Paulo Pimenta: Locutor de rádio da RBS, empresa suspeita de pagar propina, incitou ouvintes a cuspir em Lula "por corrupção"; ouça - Viomundo - O que você não vê na mídia

Um país que protege Cunha e persegue Lula é um país doente. Por Paulo Nogueira | Esquerdum Erectus

A política do absurdo que se exercita no Brasil



Um país que protege Cunha e persegue Lula é um país doente. Por Paulo Nogueira | Esquerdum Erectus

Tentativa de prender Lula tocará fogo no país | Esquerdum Erectus

Já devia estar crepitando e as labaredas dançando

Tentativa de prender Lula tocará fogo no país | Esquerdum Erectus

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Londres, a Meca dos corruptos - Carta Maior

Corrupção...O que é isso afinal?



Londres, a Meca dos corruptos - Carta Maior

O ataque aos programas sociais |

O ataque aos programas sociais |

AC/DC - Hells Bells

Por quem os sinos do inferno dobram?







Hells Bells



I'm rolling thunder, pouring rain

I'm coming on like a hurricane

My lightning's flashing across the sky

You're only young, but you're gonna die

I won't take no prisoners, won't spare no lives

Nobody's putting up a fight

I got my bell, I'm gonna take you to hell

I'm gonna get ya, Satan get ya



Hells bells

Hells bells, you got me ringing

Hells bells, my temperature's high

Hells bells



I'll give you black sensations up and down your spine

If you're into evil, you're a friend of mine

See the white light flashing as I split the night

'Cos if good's on the left, then I'm sticking to the right

I won't take no prisoners, won't spare no lives

Nobody's puttin' up a fight

I got my bell, I'm gonna take you to hell

I'm gonna get ya, Satan get ya



Hells bells

Hells bells, you got me ringing

Hells bells, my temperature's high

Hells bells



Hells bells, Satan's coming to you

Hells bells, he's ringing them now

Those hells bells, the temperature's high

Hells bells, across the sky

Hells bells, they're taking you down

Hells bells, they're dragging you down

Hells bells, gonna split the night

Hells bells, there's no way to fight

Hells bells

Sinos do Inferno



Sou um trovão motorizado, que cai na chuva

Eu estou chegando como um furacão

Meus relâmpagos clareiam pelos céus

Você é muito jovem, mas vai morrer

Não faço prisioneiros, não poupo vidas

Ninguém vai lutar

Eu tenho meu sino, vou te levar para o inferno

Eu vou te pegar, Satanás vai te pegar



Sinos do inferno

Sinos do inferno, você me faz tocar

Sinos do inferno, minha temperatura é alta

Sinos do inferno



Eu vou dar sensações negras pela sua espinha

Se você gosta do mal, você é meu amigo

Veja minha luz branca brilhando enquanto despedaço a noite

Se os bons estão na esquerda, então me viro pra direita

Não faço prisioneiros, não poupo vidas

Ninguém vai lutar

Eu tenho meu sino, vou te levar para o inferno

Eu vou te pegar, Satanás vai te pegar



Sinos do inferno

Sinos do inferno, eu estou badalando

Sinos do inferno, minha temperatura é alta

Sinos do inferno



Sinos do inferno, Satanás está vindo atrás de você

Sinos do inferno, ele está badalando os sinos agora

Sinos do inferno, a temperatura é alta

Sinos do inferno, pelos céus

Sinos do inferno, eles estão te derrubando

Sinos do inferno, eles estão te prendendo

Sinos do inferno, vão despedaçar a noite

Sinos do inferno, não há como lutar

Sinos do inferno



Composição: Angus Young / Brian Johnson / Malcolm Young ·

PEGA, NÃO PEGA...

Bom e necessário recordar que José Dirceu amarga uma segunda prisão por dentro da primeira, mesmo sem ter se provado nada contra ele. Quem garante que não acontecerá o mesmo com Lula? E daí em diante com qualquer um que ouse vestir uma camiseta vermelha num dia de domingo...



Altamiro Borges: Moro escancara: objetivo é 'pegar o Lula'

Altamiro Borges: Moro escancara: objetivo é 'pegar o Lula': Por Fernando Brito, no blog Tijolaço : O palerma que fica “batizando” as fases da Operação Lava Jato, desta vez, não teve muita inspira...

Altamiro Borges: Quem precisa ajudar João Doria?

Altamiro Borges: Quem precisa ajudar João Doria?: Por Paulo Moreira Leite, em seu blog : A revelação de que o empresário João Doria recebeu recursos de vulto da Apex, uma agência de est...

Mais uma vez a Europa é exemplo para o Brasil. Negativo. - Carta Maior

Mais uma vez a Europa é exemplo para o Brasil. Negativo. - Carta Maior

Altamiro Borges: Moro escancara: objetivo é 'pegar o Lula'

Altamiro Borges: Moro escancara: objetivo é 'pegar o Lula': Por Fernando Brito, no blog Tijolaço : O palerma que fica “batizando” as fases da Operação Lava Jato, desta vez, não teve muita inspira...

Altamiro Borges: As "cenas proibidas" da Lava-Jato

Altamiro Borges: As "cenas proibidas" da Lava-Jato: Por Mauro Santayana, em seu blog : A defesa de Marcelo Odebrecht, detido no contexto da Operação Lava-Jato, pediu a reabertura do inqué...

olhar diferente: A atualidade do socialismo

olhar diferente: A atualidade do socialismo: Para os anticomunistas, a queda do muro de Berlim se transformou em evento comemorativo, celebrado anualmente pela mídia tradicional. Para ...

O PENSADOR DA ALDEIA: Nossa Idade Média: como adestrar seu filho a ser u...

O PENSADOR DA ALDEIA: Nossa Idade Média: como adestrar seu filho a ser u...

Moro usou Dirceu para fazer experimento — Conversa Afiada

Moro usou Dirceu para fazer experimento — Conversa Afiada

olhar diferente: Delação, arrependimento e civilização humana

olhar diferente: Delação, arrependimento e civilização humana: Está se tornando rotina a modificação de depoimentos, colhidos através de delação premiada, em que os depoentes voltam atrás de afirmações ...

MPF_Moro - lava jato - Golpe contra o Brasil - Assistam os vídeos!

MPF_Moro - lava jato - Golpe contra o Brasil - Assistam os vídeos!

Jorge André Irion Jobim: CASO DREYFUS E LAVA JATO: ALGO EM COMUM. Por Paulo...

Jorge André Irion Jobim: CASO DREYFUS E LAVA JATO: ALGO EM COMUM. Por Paulo...: Fraude histórica que serve de lição universal a todos aqueles que têm interesse real em impedir desvios e abusos em decisões da Justiça...

Cautela e Canja de Galinha não fazem mal a ninguém né Willian Waack?

Cautela e Canja de Galinha não fazem mal a ninguém né Willian Waack?

Vi no Facebook... 'Descobri que a Dilma e Deus são a mesma pessoa.

Vi no Facebook... 'Descobri que a Dilma e Deus são a mesma pessoa.

O CORREIO DA ELITE: A trama de Michel Temer falhou, por Jasson de Oliveira Andrade

OS CAFAJESTES

O CORREIO DA ELITE: A trama de Michel Temer falhou, por Jasson de Oliveira Andrade

Dilma libera R$ 100 milhões para o programa Mais Cultura nas Escolas « Dilma Rousseff

Dilma libera R$ 100 milhões para o programa Mais Cultura nas Escolas « Dilma Rousseff

Brasil tem uma das maiores reservas internacionais do mundo e está protegido contra ataques especulativos | Saguas Moraes – Deputado Federal

Brasil pode lançar mão desses recursos para investimento direto na retomada do crescimento...Quanto ao risco de rebaixamento de agências de risco...Já rebaixaram...Nada a perder

Brasil tem uma das maiores reservas internacionais do mundo e está protegido contra ataques especulativos | Saguas Moraes – Deputado Federal

Espaço Cultural Unifor

Espaço Cultural Unifor

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Novo Banco de Desenvolvimento vai financiar energia renovável para os BRICS

Não pode parar de trabalhar apesar dos pesos mortos vivos.

Novo Banco de Desenvolvimento vai financiar energia renovável para os BRICS

MPF: depoimento de lobista que isentou Dirceu não foi gravado | Brasil 24/7

A palhaçada contra José Dirceu ultrapassou o limite do tolerável já faz muito tempo.Não bastou o "domínio do fato" com que o demônio de fato o condenou... Esse outro predador vai ficar brincando com a presa até cravar lhe os caninos no pescoço diante da plateia que aplaude e ainda pede bis.
No Brasil, até caixa preta de avião não grava, quando convém.

MPF: depoimento de lobista que isentou Dirceu não foi gravado | Brasil 24/7

O próximo presidente dos EUA não será um socialista - Carta Maior

Terminologias são coisas muito questionáveis. Afinal tem quem se auto proclame socialista revolucionário, mas em nada se diferencia de um Revoltado On

Line,

O próximo presidente dos EUA não será um socialista - Carta Maior

Por que a Odebrecht? MPF escondeu delação que afasta envolvimento de Ode...

LAVA JATO: A SERVIÇO DE QUEM?



domingo, 24 de janeiro de 2016

Globo seduz Carmen Lúcia com seu prêmio máximo | Brasil 24/7

Apoiou em 64, mas em 2016, promove...!

Globo seduz Carmen Lúcia com seu prêmio máximo | Brasil 24/7

Folha de S.Paulo pagará R$73,4 milhões por boicotar o Enem | bloglimpinhoecheiroso

Folha de S.Paulo pagará R$73,4 milhões por boicotar o Enem | bloglimpinhoecheiroso

“Lênin em vida”: assista documentário com imagens raras do líder da Revolução Russa | Luizmuller's Blog

“Lênin em vida”: assista documentário com imagens raras do líder da Revolução Russa | Luizmuller's Blog

TODO MUNDO É BABACA OU LULA É LIMPO? | Esquerdum Erectus

Por que estão seguros de que conseguirão jogar a Lula num calabouço, mesmo sem nenhuma prova consistente de crime que porventura venha a ser acusado de ter cometido? 

Simplesmente por conta do antecedente representado pela condenação e prisões que impuseram a José Dirceu, sem prova que o valha. 

Quem não foi capaz de fazer a defesa de Dirceu, como foi o caso de seu partido, não conseguirá fazer diferente com Lula.





TODO MUNDO É BABACA OU LULA É LIMPO? | Esquerdum Erectus

MP sugere que Lula ocultou patrimônio que não é dele | Brasil 24/7

Bom seria se a esquerda brasileira tivesse brios...Não só os petistas e nem só a esquerda, mas qualquer um com vergonha na cara, para se reagir a uma patifaria dessas, Querem colocar Lula num calabouço justamente pelas políticas positivas e bem sucedidas que realizou. Para a elite hegemônica, o Brasil nunca pode dar certo. Porque do jeito que era, já dava certo....Apenas para eles. O resto que continuasse mendigando em migalhas.

MP sugere que Lula ocultou patrimônio que não é dele | Brasil 24/7

sábado, 23 de janeiro de 2016

O Brasil no mundo: Um desenho para quem tem complexo de vira-lata entender | bloglimpinhoecheiroso

Não se pode alegar burrice da elite. A elite brasileira constituiu-se como classe dominante com base na dependência externa. Os que buscaram a independência nacional e a inovação, frustraram se ou foram violentamente rechaçados. Os burros são muitos que estão mais embaixo e pensam como se estivessem em cima 

O Brasil no mundo: Um desenho para quem tem complexo de vira-lata entender



Mundo_Dividido01
Fernando Brito, via Tijolaço em 27/4/2015
A ilustração que retirei do Facebook da comunidade Planeta Fascinante é daquelas que quase dispensam legenda.
Ainda assim, é só olhar quem são os países que somam território, população e riqueza econômica.
Os cinco que ocupam a área de intersecção dos três conjuntos.
Deveria ser o que bastasse para entender que o Brasil é um país com destino próprio, não o de ser um satélite.
Como para ver onde estão nossas sinergias.
Repare, não disse ideologias.
Disse oportunidades.
Embora assim tão obvio, a elite brasileira não consegue enxergar.
Tem na cabeça que o Brasil deveria ser uma sub-Miami.
A burrice é uma coisa muito difícil de combater, porque prescinde de argumentos e sustenta verdades que ouviu de alguém e as repete.
Quem sabe assim, desenhando?
O Brasil no mundo: Um desenho para quem tem complexo de vira-lata entender | bloglimpinhoecheiroso

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

CLAUDICANDO: Janio: decisão de Moro tem base só em sua própria ...

Quando chegamos ao ponto de um jornalista ter de dar aulas de prudência, ponderação e cuidado a um juiz, está evidente que há uma completa distorção do papel da Justiça, que passa a um ringue de “vale-tudo”, onde a regra única é satisfazer a sede de sangue da doentia plateia deste tipo de espetáculo.

Umas palavras (e outras)

Por Janio de Freitas
Ainda com a carta pública dos 104 advogados fervilhando entre apoiadores e discordantes, a também discutida retenção de Marcelo Odebrecht na prisão dá margem a mais um incidente processual do gênero criticado na Lava Jato. Em princípio, trata-se de estranha omissão ao ser transcrita, da gravação para o processo, da parte da delação premiada de Paulo Roberto Costa que inocenta Marcelo de participação nos subornos ali delatados. Mas o problema extrapolou a omissão.
Já como transcrição na Lava Jato do que disse e gravou o delator muito premiado, consta o seguinte: “Paulo Roberto Costa, quando de seu depoimento perante as autoridades policiais em 14.7.15, consignou que, a despeito de não ter tratado diretamente o pagamento de vantagens indevidas com Marcelo Odebrecht” – e segue no que respeitaria a outros.
As palavras de Paulo Roberto que os procuradores assim transcreveram foram, na verdade, as seguintes: “Então, assim, eu conheço ele, mas nunca tratei de nenhum assunto desses com ele, nem põe o nome dele aí porque ele, não, ele não participava disso”.
É chocante a diferença entre a transcrição e o original, entre “não ter tratado diretamente com Marcelo Odebrecht” e “nem põe o nome dele aí por que ele, não, ele não participava disso”. A reformulação da frase e do seu vigor afirmativo só pode ter sido deliberada. E é muito difícil imaginar que não o fosse com dose forte de má-fé. Do contrário, por que alterá-la?
Não é o caso de esperar por esclarecimento da adulteração, seu autor e seu propósito. Seria muita concessão aos direitos dos cidadãos de serem informados pelos que falam em transparência. No plano do possível, a defesa de Marcelo Odebrecht, constatada a adulteração, requereu a volta à instrução processual, do seu início e com a inclusão de todos os vídeos da delação, na íntegra e não só em alegadas transcrições.
O juiz Sergio Moro decidiu contra o requerido. Considerou os pedidos “intempestivos, já que a instrução há muito se encerrou, além das provas pretendidas serem manifestamente desnecessárias ou irrelevantes, tendo caráter meramente protelatório”. E, definitivo: “O processo é uma marcha para frente. Não se retornam às fases já superadas”.
Não é a resposta própria de um magistrado com as qualificações do juiz Sergio Moro. É só uma decisão. Baseada em vontade. Resposta, mesmo reconhecendo-se a situação delicada do juiz Sergio Moro, seriam as razões propriamente jurídicas (se existem) para negar o pedido.
“Intempestivos” os pedidos não são. Se apenas agora foi constatada a transcrição inverdadeira, não havia como pedir antes qualquer medida a partir dela. Logo, tempestivo este pedido é. Uma instrução está “encerrada” quando não há mais o que precise ou possa ser apurado, como complemento ou aperfeiçoamento. Se há uma transcrição infiel, ou qualquer outro elemento incorreto, as provas que o corrijam são “necessárias e relevantes” porque o erro prejudica a acusação ou a defesa, ou seja, compromete o próprio julgamento de valor entre culpa e inocência. Se está demonstrada a necessidade objetiva de correção, não há “caráter protelatório”, há o indispensável caráter corretivo.
“Processo” é, por definição, um movimento que implica todas as variações, de ritmo, de sentido, de direção, de avanço ou recuo, e mesmo de intervalos de paralisação. Processo não é só “marcha para a frente”. E, no caso dos processos judiciais, se o fossem, não haveria –talvez para alegria da Lava Jato– segunda e terceira instâncias de julgamento, que são diferentes retornos às entranhas dos processos.


Como se tem visto, o decidido, decidido está. Mas o provável é que não sobreviva à instância superior, se lá chegar e seja qual for a posição de Marcelo Odebrecht entre a inocência e a culpa.
CLAUDICANDO: Janio: decisão de Moro tem base só em sua própria ...: Por Fernando Brito, em seu blog Janio  de Freitas, em sua coluna de hoje na Folha, é rara exceção no coro de conformismo com o “direi...

Filhos de Rubens Paiva falam sobre o dia em que o pai não voltou - ÉPOCA | Vida

Imagine um regime político em que seus protagonistas são gente da espécie dos Revoltados On Line

Filhos de Rubens Paiva falam sobre o dia em que o pai não voltou - ÉPOCA | Vida

UMA HISTÓRIA AFRO AMERICANA

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

O racismo de Fernando Pessoa... - Geledés

O racismo de Fernando Pessoa... - Geledés

Leila Alaoui (1982-2016)

Leila Alaoui (1982-2016)

O PENSADOR DA ALDEIA: Problematizar e exigir é fácil, governar e realizar é que é difícil: a democracia da alienação, da fanfarronice e do vazio da crítica da crítica crítica

O PENSADOR DA ALDEIA: Problematizar e exigir é fácil, governar e realizar é que é difícil: a democracia da alienação, da fanfarronice e do vazio da crítica da crítica crítica

Cinema & Outras Artes: Grazie mille, Ettore!

Cinema & Outras Artes: Grazie mille, Ettore!

Lava-Jato: A ingenuidade de Lins e Silva | bloglimpinhoecheiroso

O procurador Deltan Dellagnol disse à Folha que a carta viola o princípio mais básico do direito de defesa, que é não fazer acusação genérica.
Ele não tem autoridade para fazer qualquer criticar à advocacia. Ele vai a igrejas evangélicas pregar sobre a Lava-Jato, vai ao Congresso pedir alteração na lei. Confunde militância política com a função pública de procurador, que tem de respeitar o acusado. Ele não tem autoridade nenhuma, zero.
Leia também:
Lava-Jato: A ingenuidade de Lins e Silva | bloglimpinhoecheiroso

domingo, 17 de janeiro de 2016

O PENSADOR DA ALDEIA: MPL ou MBL? Haddad, esquerda na prática: dez realizações em três anos do prefeito petista na área do transporte público em São Paulo que fazem do Movimento Passe Livre uma micareta de inocentes úteis e sem apoio popular a serviço da pior direita que quer retomar a prefeitura nas eleições deste ano

O PENSADOR DA ALDEIA: MPL ou MBL? Haddad, esquerda na prática: dez realizações em três anos do prefeito petista na área do transporte público em São Paulo que fazem do Movimento Passe Livre uma micareta de inocentes úteis e sem apoio popular a serviço da pior direita que quer retomar a prefeitura nas eleições deste ano

Pra Discutir o Brasil: Está na hora de processar os vazadores

Pra Discutir o Brasil: Está na hora de processar os vazadores

Patrice Lumumba foi assassinado há 55 anos | Internacional – Alemanha, Europa, África | DW.COM | 15.01.2016

INTERNACIONAL

Patrice Lumumba foi assassinado há 55 anos

É um crime que ensombra a República Democrática do Congo desde 1961 - o assassinato de Patrice Lumumba, o primeiro chefe de Governo do Congo independente. Até hoje, ninguém foi punido.
Ali está ele. De mão erguida, saudando os transeuntes, de fato e com os seus óculos típicos. Uns mais tarde, outros mais cedo, toda a gente passa pela estátua de Patrice Lumumba em Kinshasa, na avenida que conduz ao aeroporto. Lumumba chefiou o primeiro Governo eleito livremente na República Democrática do Congo, após a independência da Bélgica. Mas esteve apenas quatro meses no poder. Aos 34 anos, foi afastado do cargo e assassinado.
O inconformado
O que aconteceu no dia da proclamação da independência, 30 de junho de 1960, prenunciava já talvez o desfecho do jovem primeiro-ministro. Durante as celebrações oficiais, Lumumba denunciou publicamente as práticas racistas dos colonizadores. Os congoleses rejubilaram, não só os que participavam na cerimónia mas também aqueles que ouviam o discurso em casa, através do rádio. Mas o rei belga e os diplomatas estrangeiros ficaram chocados.
Os objetivos políticos de Lumumba não condiziam com os planos dos poderes ocidentais: O jovem político queria libertar o Congo dos grilhões coloniais. Queria unir os grupos étnicos e advogava a gestão local das riquezas naturais do país. A Bélgica e os Estados Unidos começaram a sentir a sua influência declinar.
"Por isso é que decidiram acabar com o Governo e, finalmente, com o próprio primeiro-ministro", diz o sociólogo belga Ludo de Witte, que estuda o Congo há mais de 20 anos e aborda meticulosamente a queda de Lumumba num livro.
Fotografia de Lumumba após a sua detenção, em dezembro de 1960 - esta é uma das últimas fotos do jovem político
Caos e influência externa
Depois das palavras de Lumumba, a jovem república mergulhou no caos. O exército congolês revoltou-se contra os oficiais belgas que ainda estavam a comandar. A Bélgica interveio militarmente e apoiou a secessão da região de Katanga, rica em minérios, do resto do país. A crise despoletou uma guerra civil, Lumumba enviou as suas próprias tropas. O jovem primeiro-ministro pediu ajuda às tropas das Nações Unidas e à União Soviética. Em plena Guerra Fria, os Estados Unidos da América pressentiram uma viragem comunista no Congo. Temiam que Moscovo aumentasse a sua influência no país e, por arrastamento, em África. Norte-americanos e belgas aliaram-se, por isso, ao então chefe do exército Joseph-Desiré Mobutu, um ex-amigo e confidente de Lumumba e o ditador que, mais tarde, governaria o Congo durante mais de 30 anos.
A partir desse momento, tudo se desenrolou muito rapidamente. Em setembro, Lumumba foi destituído do cargo de primeiro-ministro e colocado em prisão domiciliária. Em novembro, conseguiu escapar, mas foi depois capturado pelas tropas de Mobutu, que o espancaram e torturaram.
"As pessoas amavam Lumumba. Os seus apoiantes queriam libertá-lo", explica de Witte. "Isso teria sido um desastre para a Bélgica e para os Estados Unidos. Por isso, decidiram que ele deveria ser morto no dia em que chegou a Katanga. Foi executado por um pelotão organizado por oficiais belgas."
Lumumba foi morto a 17 de janeiro de 1961.
Verdade só mais tarde
A explicação oficial para a morte de Patrice Lumumba foi a de que ele teria sido assassinado por moradores de uma vila em fúria. A verdade sobre o papel das potências ocidentais só viria a público mais tarde.
O livro de de Witte, "O Assassinato de Lumumba", levou a Bélgica a criar, em 2000, uma comissão parlamentar de inquérito. Dois anos mais tarde, o ministro belga dos Negócios Estrangeiros, Louis Michel, pediu desculpas à família e ao povo congolês pelo papel dos oficiais de Bruxelas no assassinato.
De Witte não está satisfeito com este pedido de desculpas. "A comissão de inquérito belga concluiu que a Bélgica teve uma responsabilidade moral no assassinato de Lumumba, algo muito vago. Fica a meio caminho entre negar o que aconteceu e publicar toda a verdade." A Bélgica quer continuar a desfrutar da sua posição diplomática no Congo, comenta o especialista. Se o país tivesse assumido todas as responsabilidades isso não seria possível. Além disso, as propostas da comissão de inquérito, tais como o estabelecimento de um fundo em nome de Lumumba para promover a democracia no Congo, ainda não foram implementadas, acrescenta de Witte. Até agora, ninguém foi punido pelo assassinato.
O 'Che Guevara' do Congo?
A morte de Lumumba abriu caminho para Mobutu: "O país lida até hoje com o legado desse regime", diz de Witte. A jornalista britânica Michela Wrong, autora de um livro sobre o ditador congolês, considera que o caso Lumumba deixou marcas profundas no Congo e em todo o continente africano.
Mina de cobre na região de Lumumba, rica em recursos naturais
"Todos olharam para o assassinato de Lumumba e pensaram: 'É isto que acontece quando se confronta o Ocidente'", afirma Wrong. "Ao mesmo tempo gerou uma sensação de impotência. É um legado muito negativo e prejudicial."
Enfrentar os Estados Unidos da América e os antigos colonizadores, em defesa dos interesses do seu país, conferiu a Lumumba a reputação de um herói popular, um 'Che Guevara' do Congo. A jornalista Michela Wrong acredita, no entanto, que esta pode ser uma visão exagerada: "Será que teria sido um herói se tivesse ficado mais tempo e fosse confrontado com os problemas de governar um país tão grande como o Congo?"
  • Data 15.01.2016
  • Autoria Friederike Müller-Jung / cvt / gcs
Patrice Lumumba foi assassinado há 55 anos | Internacional – Alemanha, Europa, África | DW.COM | 15.01.2016

Moro não está acima da Lei — Conversa Afiada

Moro não está acima da Lei — Conversa Afiada

Patrícia Campos Mello: “Supremo é muito sensível a argumentos que apontam risco para governabilidade” | Combate Racismo Ambiental

Patrícia Campos Mello: “Supremo é muito sensível a argumentos que apontam risco para governabilidade”

0
Por Pedro Canário. em Consultor Jurídico
Às vezes o que é óbvio não é dito. É cristalino para quem pensa no Direito que a condição humana dos advogados, promotores e juízes faz com que não seja uma ciência exata. O Supremo Tribunal Federal, com sua competência constitucional, é influenciado por, por exemplo, por questões políticas, econômicas e até pelo restante do Judiciário.
Pois foi para mostrar como esses fatores externos moldam as decisões do Supremo que a professora Patrícia Perrone Campos Mello, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), desenvolveu sua tese, agora publicada sob a forma do livro Nos Bastidores do STF. “Isso é muito óbvio, mas não é dito. E aí se constrói no imaginário popular uma percepção equivocada do que é o processo de decisão do Supremo”, comenta.
Em entrevista à revista Consultor Jurídico, Patrícia explica que há três formas com que os ministros do STF se comportam. O “comportamento legalista” é quando o ministro se pauta apenas pelo que dizem a Constituição Federal e os precedentes dos tribunais. O “comportamento ideológico” é quando ele se deixa levar por suas convicções políticas e suas concepções de mundo.
É na terceira forma de comportamento que a professora encontra os resultados mais interessantes. Ela classifica como “comportamento estratégico” quando o ministro tem uma convicção política definida, mas percebe, pelo comportamento do colegiado, que, se defender determinada tese, vai ficar vencido. Portanto, ajusta o voto para uma posição entre o que ele acredita e o que ele calcula que será bem aceito pelos colegas, de maneira a levar o tribunal em determinada direção.
Foi algo parecido com o que o ministro Luís Roberto Barroso fez durante o julgamento da constitucionalidade de se considerar crime a posse de drogas para consumo próprio. Apesar de o pedido falar de drogas, genericamente, o voto do ministro foi para que o Supremo legalizasse apenas a posse de maconha.
“Não sei bem qual é a posição do tribunal. Temos um estilo de deliberação em que as pessoas não conversam internamente. Achei que uma posição um pouco menos avançada teria mais chance de conquistar a maioria”, disse Barroso, à época.
O episódio não está no livro de Patrícia — até porque ela não comentou casos recentes. Mas ela é assessora do ministro Barroso, que foi o orientador tanto do mestrado quanto do doutorado da agora doutora pela Uerj.
E foi o próprio ministro quem a encorajou a levar tal pesquisa adiante. Quando começou a desenvolver a tese, Patrícia ainda não trabalhava no gabinete do ministro, mas já tinha nele sua referência acadêmica. Foi consultá-lo e disse: “Vou escrever para dizer o óbvio…” Ao que ele respondeu: “Pois é, mas é um óbvio que ninguém diz e que precisa ser dito”.
Leia a entrevista:
ConJur — Não é um tanto óbvia a conclusão de que outros fatores além do jurídico influenciam nas decisões do Supremo?
Patrícia Perrone Campos Mello — É muito óbvio! Mas isso não é dito, e aí se constrói no imaginário popular uma percepção equivocada do que é o processo de decisão do Supremo Tribunal Federal. Primeiro de tudo: não está tudo escrito. As soluções não estão todas previstas e outros elementos interferem. É muito importante que o leigo compreenda isso. Segundo: a opinião pública é capaz de interferir. Mobilize-se! E não estou nem dizendo que isso é positivo sempre, porque pode não ser. Os julgamentos precisam ser imparciais. Se todos os ministros se sentem extremamente constrangidos por uma opinião pública que quer ver sangue, isso não é bom. Mas se não tem como um julgamento não ser político, a opinião pública e os outros poderes também podem exercer constrangimento sobre o Supremo Tribunal Federal. Isso é tão óbvio para o jornalismo, mas na academia não se enfrenta a questão.
ConJur — Isso não é dito por um defeito da academia?
Patrícia Perrone Mello — Ninguém diz que “o juiz decidiu assim porque o momento político era ruim”. Existe uma figura que se chama Juiz Hércules, definida pelo Robert Alexy, um pensador genial. Seria o juiz que analisaria sempre todas as questões e todos os conflitos e seria capaz de lutar contra tudo e contra todos para fazer uma decisão absolutamente neutra. A academia trabalha com essas categorias como se o juiz fosse um ser abstrato que está fora da confusão e vai decidir sempre de maneira neutra. Quer dizer, determinadas decisões não poderiam ser tomadas sem antes se fazer um diagnóstico completo. Então, a gente está discutindo como as decisões deveriam ser tomadas sem discutir como elas são tomadas, entende? O Supremo é livre para contrariar o Congresso? Até a página cinco. Contraria e depois não consegue o reajuste dos servidores. Essa é a lógica da separação dos poderes.
ConJur — Como surgiu o livro?
Patrícia Perrone Mello — Muito por conta da minha experiência de procuradora do estado do Rio de Janeiro. Litigando pelo estado, eu fui percebendo que nem sempre aqueles argumentos jurídicos que a gente considerava irretorquíveis eram acolhidos em juízo. Às vezes o texto da lei era muito claro, e mesmo assim o entendimento que saía vencedor não era a interpretação mais óbvia do texto. Portanto, claramente existiam outros elementos que influenciavam a decisão dos juízes, sobretudo no caso de alteração de jurisprudência, ou de jurisprudência vacilante. O desafio da minha tese de doutorado era responder a esta pergunta: quais são os elementos que efetivamente influenciam as decisões judiciais?
ConJur — Foi possível mapeá-los?
Patrícia Perrone Mello — Fiz uma pesquisa e descobri que tinha muita coisa na literatura norte-americana e alguma na europeia sobre esse assunto, e que de um modo geral se falava em três grandes modelos de comportamento judicial: o comportamento legalista, o ideológico e o estratégico. O que eles chamam legalista, que nem é um termo muito bom para comportamento judicial em matéria constitucional, porque Constituição não é lei, é para tentar antecipar como uma corte vai decidir um caso com base nos precedentes, no texto da norma ou com base na interpretação. Eu já antecipava que esse seria o modelo predominante na minoria dos casos, mas para a minha surpresa não foi assim.
ConJur — E tem alguma explicação?
Patrícia Perrone Mello — Quando o Supremo Tribunal Federal implementou a repercussão geral e a súmula vinculante, teve uma redução no volume de recursos que ele recebe na ordem de 63%. Fez-se uma conta que o Supremo tinha um número de repercussões gerais e essas repercussões versavam sobre tantas matérias. Portanto, a cada decisão, o Supremo decidia 210 casos, na verdade. Ou seja, mesmo que um precedente sobre um tema fosse decidido com base em qualquer outro critério que não o jurídico, mesmo que fosse decidido politicamente, a reiteração nos outros 209 casos era uma decisão com base no critério legalista, de reiteração de jurisprudência. Mas quando o Direito não é plenamente determinado, quando é possível usar argumentos constitucionais para se justificar decisões tanto num sentido quanto no outro, claramente você não vai conseguir antecipar uma decisão com base no comportamento legalista, porque ele não existe.
ConJur — E aí entram os outros modelos de comportamento judicial?
Patrícia Perrone Mello — Entram outros dois modelos de comportamento judicial que são estudados pela literatura: o ideológico e o estratégico. O modelo ideológico é quando os juízes decidem com base nas suas convicções políticas. Os casos que são relativamente indeterminados são julgados pelos juízes com base nas convicções políticas deles. O estudo sobre esse modelo deu muito certo nos Estados Unidos, um ambiente ideológico muito bem definido que se divide entre os democratas, que são os progressistas, e os republicanos, que são os conservadores. Aqui no Brasil é impossível fazer isso, porque a gente é ideologicamente muito mal definido. Nossos partidos são pouco definidos, nosso ambiente político é pouco definido. E mesmo nos pontos em que o ambiente é definido, são pontos que não têm projeção em matéria constitucional.
ConJur — Mas o livro fala desse comportamento ideológico no Brasil?
Patrícia Perrone Mello — De alguma maneira, a visão de mundo dos ministros interfere no julgamento desses casos sensíveis em que o direito é muito pouco pré-determinado, e eles mesmos reconhecem isso abertamente. Eu fiz, então, um estudo do que eu chamei de background dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Não fiz para todos, fiz para três que para mim eram bem claros: o ministro Ayres Britto, o ministro Joaquim Barbosa e o ministro Gilmar Mendes. Aí fiz um estudo das entrevistas deles, dos principais casos paradigmáticos de que eles participaram e da vida pregressa, como passagem pelo Ministério Público e pela Advocacia-Geral da União, o que isso poderia interferir na visão de mundo desse ministro etc. Nas entrevistas do ministro Joaquim Barbosa quando ele veio para o Supremo, ele declarava que queria levar ao tribunal a visão de mundo dele, de uma pessoa que vinha de uma classe social mais baixa e que enfrentou preconceito para chegar onde tinha chegado, falava também de simplificar a linguagem para tornar o tribunal mais acessível.
ConJur — Qual a conclusão sobre os ministros Britto e Gilmar?
Patrícia Perrone Mello — O ministro Ayres Britto era claramente progressista. Foi relator de células-tronco embrionárias, das uniões homoafetivas, da ADPF sobre a Lei de Imprensa. Já o ministro Gilmar Mendes escreveu muito sobre o controle da constitucionalidade, tem toda aquela vivência da Alemanha, da Corte Constitucional da Alemanha, que é muito presente nas decisões dele. E ele é responsável por algumas decisões defendendo a utilização de instrumentos em matéria de controle de constitucionalidade que foram importantes para organizar essa matéria no STF, como a súmula vinculante.
ConJur — E o modelo estratégico?
Patrícia Perrone Mello — Esse é o mais interessante. É o seguinte: realmente o juiz decide com base em critérios ideológicos e políticos, só que nem sempre ele produz a decisão que considera ideal, que gostaria de dar se fosse uma decisão monocrática. Como ministro, para ele decidir e fazer o Direito andar em uma determinada direção, ele depende dos colegas de corte. Ele pode chegar à conclusão de que se votar puramente de acordo com as convicções dele, ficará vencido, e aí não contribui para o Direito avançar. Então ele vai procurar aquela decisão mais próxima das convicções dele, mas que em alguma medida tenha chances de ser aprovada pela maioria. Ou seja, ele vai votar moderadamente de maneira ideológica para não ficar vencido e para fazer com que o Direito caminhe na direção que ele considera a melhor.
ConJur — Isso explica muito do funcionamento de um colegiado.
Patrícia Perrone Mello — Isso pode acontecer tanto internamente no Supremo (onde o ministro depende do voto dos outros ministros para criar uma maioria em um determinado sentido) quanto pode acontecer com o Supremo como instituição na relação com os outros poderes, com a opinião pública e com a imprensa.
ConJur — Como é essa influência dos outros poderes?
Patrícia Perrone Mello — O Executivo detém o monopólio da força, então, ou o Executivo adere a uma decisão do Supremo, estando convencido pelos argumentos de que aquilo não é um impedimento meramente autoritário, ou ele resiste ao cumprimento. O Supremo precisa do Executivo para fazer valer uma decisão dele, seja em face do próprio Executivo seja em face de outros poderes. O Legislativo, em alguma medida, pode interferir no Supremo. O Senado aprova as indicações de ministros, aprova o orçamento do Judiciário, aprova um aumento de remuneração, o Congresso Nacional aprova a criação de novos cargos, por exemplo. O Legislativo é capaz de medidas de represália, e no limite pode descumprir as decisões ou simplesmente superá-las através de emenda constitucional. Então, o Supremo, ao interagir com cada um dos poderes, precisa antecipar se aquela decisão vai ser cumprida ou não, e se vale a pena o ônus.
ConJur — No caso do Executivo, é sempre o argumento do erário, não é?
Patrícia Perrone Mello — O Supremo é de fato muito sensível aos argumentos de perigo para a governabilidade e de perigo econômico. Esses argumentos freiam o Supremo, efetivamente. Primeiro por cautela, porque realmente tem alguns juízos de prognose e consequências que talvez os representantes eleitos estejam mais aparelhados para fazer. Segundo porque, se no fim do dia a decisão conduzir o país à bancarrota, talvez ela vá ser descumprida e não tenha valido a pena o desgaste.
ConJur — E com o Legislativo?
Patrícia Perrone Mello — Não é a mesma relação. Havia uma percepção do Supremo até bem pouco tempo, de que o Legislativo tinha se omitido na regulamentação de alguns direitos previstos na Constituição, e de que o Congresso é relutante em corrigir algumas falhas do processo eleitoral que resultaram em disfunções. E aí o Supremo talvez se permita avançar mais, por entender que o Legislativo não está disposto a fazer determinadas mudanças, e assume os riscos de ter as suas decisões descumpridas — e tem várias descumpridas. Por exemplo, a decisão em que o o STF reconheceu a inconstitucionalidade da criação de municípios foi superada por emenda constitucional. A que tentou limitar o número de vereadores por município também foi superada por emenda constitucional. Diversas questões tributárias foram superadas por emenda constitucional.
ConJur — Como funciona o Supremo com a opinião pública?
Patrícia Perrone Mello — A opinião pública preocupa muito o Supremo Tribunal Federal, e é um elemento fortemente impactante. Os ministros são selecionados por um processo que também é político. São pessoas de notório saber, mas selecionadas pela presidente e aprovadas pelo Senado. São pessoas que circulam bem nessa fronteira, e por isso são sensíveis a questões políticas. Depois, os ministros estão sujeitos às mesmas influências que a população em geral. Eles têm uma preocupação com a legitimidade e com a credibilidade do Supremo, e tem matérias que são muito delicadas, como quando se discute a impunidade.  A imprensa deve ter percebido isso no julgamento do mensalão, por exemplo.
ConJur — A imprensa, então, deve ser o fator que mais influencia.
Patrícia Perrone Mello — A imprensa é o principal intermediário entre os ministros e todos os grupos caros a eles. Tem ministros mais sensíveis ao que pensa a academia, outros ao que pensa a opinião pública como um todo, como o ministro Joaquim Barbosa. Mas entre todos esses grupos e os ministros tem a imprensa no meio. A fotografia que existe dos ministros não é o que eles são realmente, é o que é relatado pela imprensa. Por isso ela é um grupo muito sensível e estratégico para os ministros. Ela constrói a percepção que todos esses grupos vão ter sobre a atuação dos ministros. Portanto, a atuação dos deles, mesmo quando é política, é limitada não apenas pelo texto escrito, mas pela capacidade de interação dos demais poderes com o Supremo e pela reação que se espera vir da opinião pública. Isso é interessante porque a gente conclui que nos casos mais divididos as decisões são políticas, e não puramente jurídicas, mas também porque a gente vê que não há tanta liberdade assim.
ConJur — Como assim?
Patrícia Perrone Mello — Os ministros são limitados, sim, pela reação que eles acreditam que virá da opinião pública e pela reação que eles acreditam que virá da imprensa. Eles têm uma preocupação com as consequências das decisões deles sobre o cenário econômico, sobre a governabilidade, e isso entra em questão quando eles produzem uma decisão. Eles não estão em um mundo ideal, em que são simplesmente livres para decidir só porque é uma questão de princípios constitucionais, que são cláusulas abertas, e que não tem um comando prévio expresso sobre o que soluciona aquele conflito de interesse.
ConJur — É sempre um jogo de equilíbrio.
Patrícia Perrone Mello — Basta lembrar, por exemplo, quando se discutiu a competência do Conselho Nacional de Justiça para processar disciplinarmente os magistrados, se seria concorrente ou subsidiária. Havia, aparentemente, uma tendência pela competência subsidiária, foi até deferida uma liminar. E a opinião pública estava em cima, a Ordem dos Advogados do Brasil organizou manifestação defendendo a competência concorrente, na qual estava presente a Associação Brasileira de Imprensa, e não por acidente voltou-se atrás na liminar e ela não foi referendada pelo Plenário. Era a presidência do ministro Cezar Peluso e ele até falou desse caso como tendo havido uma interferência da opinião pública sobre o julgamento, o que ele considerou condenável.
ConJur — Do ponto de vista da segurança jurídica, isso não é ruim? Se há o precedente, o que deveria prevalecer não é a jurisprudência em vez de a opinião pública ou a ideologia de cada um?
Patrícia Perrone Mello — Vamos falar, então, do novo Código de Processo Civil. Foi feita uma opção radical em favor dos precedentes vinculantes em casos repetitivos. Se você vai ter precedentes vinculantes, não pode mudar de opinião o tempo inteiro, senão é o caos instaurado. É pior do que não ter precedente vinculante, porque uma hora vincula para um lado, outra hora para o outro. E quando muda de entendimento, como é que faz? Por isso é muito importante para o Supremo como instituição, para a credibilidade do Judiciário, para funcionar o novo Código do Processo Civil, para a sociedade e para todo mundo que se ache um meio termo. Um caminho que costure a inevitabilidade de o momento e de a visão de mundo influenciarem os julgamentos com o respeito aos precedentes. Essa é a reflexão pela qual o Supremo vai precisar passar, porque tem um grande desafio pela frente, que é aprender a reverenciar os seus próprios precedentes.
ConJur — Isso é interessante não só do ponto de vista acadêmico. Para o advogado é também importante saber o que chama atenção ou não dos ministros, não é?
Patrícia Perrone Mello — No meu trabalho não faço juízo de valor. O meu objetivo não é dizer se é bom ou ruim julgar dessa ou daquela forma. O meu objetivo é fazer um diagnóstico do que interfere. Eu como advogada tenho que saber o que influencia um juiz, para saber por onde argumento. Se eu entrar no Judiciário partindo do pressuposto de que é só o Direito, eu não vou chamar atenção para os aspectos econômicos, por exemplo, que são fundamentais para as consequências daquela decisão. Por isso tenho que entrar na Justiça sabendo quais são os fatores que interferem. Eu, parte que preciso litigar, também preciso saber quais são os riscos que tenho ao entrar com uma ação judicial.
ConJur — A pesquisa chegou a captar o que interfere mais ou menos entre os ministros? Por exemplo, se o fator econômico interfere mais, ou se são questões sociais.
Patrícia Perrone Mello — Isso é individual, mas existem momentos políticos mais delicados para a politica ou para a economia. Por exemplo, quando o país passou pelo Plano Collor. Claramente aquelas medidas que bloqueavam os recursos das pessoas violavam o direito de propriedade. Mas o Supremo não deferiu a liminar para a afastar as medidas do plano econômico e depois o Pleno manteve a decisão. Ali tinham várias particularidades: era o primeiro presidente eleito pelo voto popular depois de anos de ditadura, o país passava por um momento de caos econômico e havia uma grande apreensão de qual seria a consequência de, naquele momento, interferir no jogo político. E o tribunal não interferiu. Do ponto de vista estritamente jurídico, havia todos os elementos para uma interferência, mas a corte exerceu a autocontenção.
ConJur — Pode falar de mais alguns exemplos descritos no livro?
Patrícia Perrone Mello — Teve alguns casos em que a economia influenciou, como o Plano Collor, ou a privatização da Vale do Rio Doce. Nada mais polêmico e o Supremo não interferiu. Crédito presumido de IPI, em que o Supremo tinha um entendimento fixado por nove a dois, e depois virou para um entendimento antagônico. Essa virada veio logo depois de algumas publicações da imprensa. Lembro bem de um artigo contundente da Miriam Leitão dizendo “será que o Supremo ainda não entendeu que o país vai quebrar?”, alguma coisa assim. Teve também o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, previsto na Constituição, mas nunca regulamentado. Quando o STF disse que ia regulamentar, o Congresso aprovou uma lei. Na Lei de Imprensa e em todos esses casos de liberdade de expressão, a opinião pública tem um poder de fogo enorme, e a corte é bastante defensora da liberdade de expressão por conta a liberdade de imprensa.
Destaque: Estátua da Justiça. Ao fundo, o Congresso Nacional. Foto de Gil Ferreira (SCO/STF).
Patrícia Campos Mello: “Supremo é muito sensível a argumentos que apontam risco para governabilidade” | Combate Racismo Ambiental